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Ame-se

Ômar Souki

Ao escutar a mensagem de domingo, 26 de junho de 2022—que Nossa Senhora transmitiu por meio de Marilda Santana no Vale da Imaculada Conceição, Piedade dos Gerais, Minas Gerais—algo em especial chamou a minha atenção. A Virgem Santíssima disse que devemos ser gratos a Deus e amá-lo acima de todas as coisas, mas não parou por aí. Disse também que devemos nos amar como Deus nos ama. Será que conseguiremos—apenas com as nossas forças—nos amar como Ele nos ama? Acho que não.

Deus nos ama de forma incomensurável, mas nós fraquejamos. Às vezes, chegamos a ter raiva de nós mesmos—das complicações nas quais nos metemos—e nos perguntamos: “Será pra que Deus me criou?”. Muitos se desesperam e tiram a própria vida: a média mundial chega a um suicídio a cada 40 segundos (Organização Mundial de Saúde). Se a pessoa que está planejando sair de cena contemplasse, por um instante sequer, a grandeza do amor de Deus por ela, e suplicasse por ajuda, acredito que seria atendida imediatamente.   

Como é o amor de Deus por nós? Nossa Senhora também se comunica com Vassula Ryden, vidente grega, e na mensagem do dia 15 de agosto de 1988 diz como é esse amor: “Meus filhos, regressem para Deus. Suplico-lhes que regressem e Deus lhes perdoará. A sua Misericórdia desce sobre vocês como orvalho e, como flores, vocês desabrocham, para absorver a sua luz. Eu lhes chamo, encorajo a vocês, mas quantos reconhecem os nossos apelos? Quantos acreditam nesses apelos? […] O coração desta geração transformou-se em granito. Cegos pelo racionalismo, esqueceram as vias do Senhor; esqueceram as maravilhas do Senhor; esqueceram que Ele é Onipotente e cheio de Misericórdia” (A verdadeira vida em Deus, pp. 255-256).  

Ele é pleno de Misericórdia! Segundo Isaias: “Não tenha medo, porque eu o redimi e chamei você pelo nome; você é meu. Quando você atravessar a água eu estarei com você, e os rios não o afogarão; quando passar pelo fogo não se queimará, e a chama não o alcançará, pois eu sou o Senhor seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador” (43, 1-3). De acordo com o apóstolo Paulo: “Eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá em cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Romanos 8, 38-39). E, nas palavras de João Evangelista: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16).

A promessa do amor divino atravessa o tempo. Começa nas Sagradas Escrituras e é reforçada pelas aparições recentes de Nossa Senhora. Portanto, ao tomarmos consciência da imensidão do carinho que o Criador tem por nós, em vez de nos questionarmos por que Deus nos criou, passamos a nos perguntar: “Por que será que não consigo me amar como Ele me ama?”. O oceano de amor que é derramado sobre nós pelo Pai Celestial é incompreensível para a mente humana. Mas, quando nos aproximamos mais desse Pai Misericordioso e suplicamos—de todo o coração—que nos ensine a amar, conseguimos sim, aumentar infinitamente o amor que temos por nós mesmos.

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