Criando hábitos positivos
Ômar Souki
Dormir cedo e se levantar cedo. Tomar um café da manhã saudável. Meditar ou orar logo pela manhã. Praticar exercícios físicos ou fazer uma boa caminhada. Procurar inspiração para a vida com a leitura de bons livros. Conviver com pessoas estimulantes. Adotar uma alimentação balanceada, que inclua mais frutas e verduras. Ter o costume de sorrir com frequência. Diminuir o tempo gasto com as redes sociais. Saber se esvaziar e ouvir atentamente o que os outros estão nos contando. Todos esses procedimentos são positivos, mas tentar adquiri-los de uma só vez poderá não funcionar. Por isso, podemos criar uma estratégia para abordar essa questão. Vamos refletir sobre alguns passos importantes na criação de hábitos positivos.
Fazer tudo por um motivo. Para que desejamos criar um
hábito novo? Para sermos mais saudáveis? Para termos mais
tempo? Para melhorar nossos resultados na vida e nos negócios?
Enfim, é importante ter uma visão de futuro, isto é, saber para
onde estamos nos dirigindo, ao investir em uma mudança de
hábito.
Identificar o novo hábito que mais nos trará benefícios
imediatos. Será que diminuindo o tempo gasto no celular nos abrirá
espaço para outras atividades mais produtivas? Ou será melhor
focar a alimentação? Uma alimentação saudável irá contribuir
para uma melhoria na saúde—o que terá um impacto positivo em
todas as demais áreas de nossa vida. É importante trabalhar um
hábito por vez.
Entender a influência dos gatilhos. O hábito de ligar o celular logo
pela manhã pode ser mudado se colocarmos o aparelho longe da
cama. O costume de nos alimentarmos melhor poderá ser incentivado
deixando frutas em cima da mesa onde faremos a primeira refeição do dia.
E, para incentivar a leitura, podemos deixar o livro perto da cama.
Identificar pessoas que praticam os hábitos que desejamos
adquirir. Observando o seu comportamento e as suas crenças e
valores e fazendo a modelagem delas, estaremos nos motivando
a mudar de hábitos.
Conviver com pessoas que praticam bons hábitos. Somos uma
média das pessoas com as quais mais convivemos. Por isso,
precisamos selecionar bem as nossas companhias. Ainda é válido
aquele velho ditado: “diga-me com quem você anda e eu lhe direi
quem você é!”.
A formação de um hábito depende da repetição. Ao repetirmos determinados comportamentos criamos em nosso cérebro caminhos neurais. Essas passagens entre os neurônios se fortalecem à medida que praticamos aquilo que desejamos que seja parte do nosso cotidiano. Por exemplo, se todos os dias, depois do café da manhã, nos dedicarmos à oração, isso vai, com o tempo, tornando-se um hábito. A dificuldade que sentíamos quando começamos a abrir espaço para tal atividade vai, aos poucos, cedendo lugar a uma necessidade. Chega então o momento em que passamos a sentir falta daquela atividade.
O hábito faz com que algo, que antes, parecia difícil ou até mesmo impossível, se transforme em algo prazeroso. Isso acontece desde que tenhamos um propósito bem definido para a nossa mudança de comportamento.