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Diálogo interno

Ômar Souki

Como está o seu diálogo interno neste momento? Sobre o que você mais conversa consigo mesmo? Sobre possibilidades de crescimento pessoal e realizações profissionais ou sobre seus medos e inseguranças? O ambiente que nos rodeia no Brasil e no exterior mostra deterioração social, política, financeira, ética e moral. Mas, nem por isso, devemos permitir que o vírus do pessimismo contamine nossas mentes. Como manter o otimismo mesmo navegando em águas turbulentas? Esse sempre foi o desafio dos seres humanos. Jesus escolheu nascer em Israel durante uma das fases mais terríveis da história do povo judeu. Externamente sofriam sob o implacável domino do Império Romano e internamente eram vítimas da corrupção que grassava entre as lideranças religiosas e os cobradores de impostos.

Mesmo assim, o Mestre dos mestres chamou Mateus, um cobrador de impostos—portanto reconhecidamente corrupto—para ser um dos seus discípulos. Alegou que tinha vindo ao mundo, “não para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9, 13). Com isso demonstrava incrível otimismo, mesmo diante da situação desesperadora em que se encontrava o país. Mateus, um homem desprezado pela sociedade e, provavelmente, considerado como incorrigível, não só se tornou um fiel seguidor de Cristo, mas também o autor de um dos evangelhos. Aprendemos, assim, que—mesmo diante das piores situações—podemos manter uma atitude otimista.

Isso só se torna possível através de uma fé inabalável em Deus. “Quando vocês me invocarem, rezarão a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão, e me encontrarão se me buscarem de todo o coração; eu me deixarei encontrar e mudarei a sorte de vocês” (Jeremias 29, 12-14). Não poderia haver declaração mais contundente que essa. O próprio Deus, Senhor do Universo, nos garante que escutará a nossa oração desde que brote do nosso coração, isto é, desde que feita com fé inabalável. Portanto, nosso diálogo interno em vez de refletir nossas inseguranças, deve se basear na confiança de que, sob a proteção divina estaremos blindados contra o fogo consumidor de nossos medos e inseguranças.

Jesus sugeriu a Santa Faustina estar sempre repetindo a seguinte frase: “Jesus, eu confio em você!”. Para não embarcarmos em um diálogo interno negativo, podemos usar sempre uma frase de poder. Por exemplo, logo depois que me levanto, olho no espelho do banheiro e repito por três vezes: “A cada dia que passa, e de todas as formas, eu me sinto melhor, melhor e melhor”. É uma mensagem que me anima a preparar um gostoso café da manhã. Durante o decorrer do dia, quando não estou recitando o rosário, estou repetindo a frase que Jesus ensinou a Faustina.

O controle sobre o nosso diálogo interno determina como iremos nos sentir durante a jornada. Quando as ondas se lançarem contra a nossa barca, e estivermos a ponto de naufragar—em vez de nos deixarmos paralisar de medo—devemos, cheios de fé, clamar por Jesus, aquele que cala o vento e acalma o mar!

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