Política

Data de cobrança do IPVA pode ser adiada para fevereiro em projeto na ALMG

Comissão de Desenvolvimento Econômico apreciou projeto, que visa diminuir as despesas domésticas do contribuinte em janeiro.

Projeto de Lei (PL) 1.336/2015, do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), modifica a Lei 12.735, de 1997, de modo que a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) seja adiada e não comece no mês de janeiro. O texto original propõe a arrecadação entre março e maio de cada ano, mantém o escalonamento de acordo com final da placa, com parcelamento do imposto devido em até quatro parcelas consecutivas.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) deu parecer favorável à proposição, nesta terça-feira (16/4/24). O relator, deputado Roberto Andrade (Patriota), no entanto, elaborou um novo texto para o projeto, o substitutivo n° 2, segundo o qual o novo período de cobrança seria a partir de fevereiro, podendo ser pago também em quatro parcelas.

Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião

O objetivo do autor com o adiamento é diminuir as despesas domésticas do contribuinte em janeiro, mês a partir do qual o imposto tem sido regularmente cobrado, pela legislação em vigor. Pelo novo texto aprovado nesta terça (16), passa a ser alterado o artigo 11 da Lei 14.937, de 2003, que dispõe sobre a cobrança do IPVA.

O substitutivo n° 2 mantém artigo acrescentado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justica, para instituir a Gratificação de Desempenho Individual (GDI) para os servidores das carreiras de técnico Fazendário de Administração e de Finanças e de analista Fazendário de Administração e Finanças.

Desenvolvimento econômico pauta proposição

Outra matéria analisada, em 1º turno, foi o PL 1.896/2023, cujo objetivo é disciplinar a instalação de indústrias que produzam açúcar e álcool no Estado. Em especial, a autora, deputada Maria Clara Marra (PSDB), pretende coordenar a vinda de novas empresas, bem como a expansão das já existentes, com a política estadual de desenvolvimento econômico.

A comissão opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo n° 2. O relator, deputado Roberto Andrade, informou que recebeu proposta de emenda com vistas a alterar o substitutivo n° 1, da Comissão de Constituição e Justiça, para melhor detalhar aspectos que devem ser observados no processo de instalação de usinas de processamento de cana. Outras alterações pontuais promovem aperfeiçoamentos necessários de redação legislativa.

De acordo com o texto, a instalação de indústria destinada à produção de açúcar e etanol no Estado será feita mediante pedido a ser protocolado no Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (InvestMinas). O pedido deve conter informações como a área de abrangência estimada do empreendimento; área de plantio propriamente dito, de forma a permitir a visualização da expansão anual, do início do projeto até sua maturação; a produção de álcool pretendida, em metros cúbicos, entre outras.

Projetos sobre saúde avançam

Entre as proposições analisadas pela comissão de Desenvolvimento Econômico nesta terça (16), ainda em 1º turno, e relatadas pelo deputado Roberto Andrade, estão o PL 3.654/2016, de autoria do deputado Antônio Carlos Arantes (PL), 1º secretário da ALMG.

O projeto foi elaborado para dar maior proteção ao cidadão na aquisição e no consumo de remédios. Isso porque o Estado passaria a ter maior controle sobre medicamentos cujas fórmulas possam causar sedação e inconsciência ou dopar pessoas, tornando-as vulneráveis à violência e a abusos sexuais.

O parecer foi pela aprovação na forma de um novo texto (substitutivo n° 1), elaborado pela Comissão de Saúde, que já analisou a proposição. Essa comissão detalhou as categorias de medicamentos mais utilizados maliciosamente para facilitar atos de violência. Outros ajustes propostos dizem respeito à competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para regulamentar o mercado de remédios no País e evitar que houvesse, como efeito da nova lei, desabastecimento de alguns fármacos em Minas.

A deputada Ana Paula Siqueira (Rede) foi a relatora de outra matéria relacionada com a saúde da população. O PL 292/2019, do deputado Arlen Santiago (Avante), obriga os planos de saúde a avisarem prévia e individualmente os seus clientes sobre o descredenciamento de médicos, dentistas, hospitais, clínicas e laboratórios no Estado.

O parecer da comissão apresentou o substitutivo n° 2, estabelecendo que as seguradoras e as operadoras de planos devem fornecer ao consumidor, na assinatura do contrato, em meio físico ou eletrônico, a relação dos médicos, hospitais, clínicas e demais entidades credenciados, com os respectivos endereços e telefones. As empresas deverão manter canal eletrônico com essas informações atualizadas mensalmente. 

Para o deputado autor do projeto, tais informações devem ser disponibilizadas previamente ao descredenciamento e em prazo hábil, com o intuito de evitar interrupções nos tratamentos desses clientes e prejuízos à saúde deles.

Todas as proposições citadas acima ainda precisam ser votadas em 1º e 2º turnos, em Plenário, antes de serem transformadas em leis.

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