Política

Deputado aciona o Ministério Público para investigar agressão a uma criança por motivação política em Divinópolis

O deputado estadual Cristiano Silveira (PT) acionou nesta segunda-feira (7), o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes do Estado de Minas Gerais, pedindo rigorosa investigação e a eventual responsabilização de um policial militar reformado, que foi denunciado por agressão a uma criança de sete anos na semana passada. O caso ocorreu no bairro Afonso Pena e segundo relato nas redes sociais feito pela mãe da criança, o agressor, identificado como o policial militar reformado e advogado Marcelo Rodrigues Galvão, encontrava-se em uma padaria acompanhado dos pais discutindo política, quando o garotinho entrou no estabelecimento. O policial teria se dirigido à criança dizendo que ela tinha cara de bolsonarista. O garoto respondeu que era “Lula-lá”.

Ainda segundo a mãe, após a resposta do menino, o policial começou a enforcar a garoto e só parou quando ele desmaiou. A Polícia Militar foi chamada pela mãe, mas fez apenas um boletim de ocorrência. A criança, com hematomas pelo corpo, teve que ser levada desmaiada para atendimento hospitalar.

Em nota encaminhada ao Portal do Sistema MPA, a Polícia Militar admitiu a agressão e disse tratar-se de crime comum: “De imediato, os policiais militares prestaram assistência à criança e a conduziram para o atendimento médico. As equipes se deslocaram até a residência do suposto autor com o escopo de adotar as providências, porém, este não foi localizado. O registro foi encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime comum”, disse a PM em nota.

O fato repercutiu no final de semana e somente ontem a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. O acusado deverá ser ouvido ainda essa semana.

“A que ponto chega a intolerância, a falta de humanidade? É um absurdo que qualquer pessoa seja violentada por seu posicionamento político, quem dirá uma criança de 7 anos! Esse crime precisa ser apurado e punido.” afirmou o deputado Cristiano Silveira em suas redes sociais.

NOTA DO PT DIVINÓPOLIS

Veja a nota divulgada nesta segunda-feira pelo Diretório do PT de Divinópolis

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Divinópolis e todos seus filiados se solidarizam com o menor e sua família em razão das agressões sofridas no último dia 30, quando foi questionado qual político ele apoiava, o menino de 6 anos disse “Sou Lula lá”. Diante das agressões sofridas, ainda que em tom de brincadeira, conforme fala do agressor, nada justifica o contato físico e a ação por parte de um policial reformado contra uma criança de apenas seis anos.

Nesse sentido, nós do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Divinópolis esperamos que as medidas legais sejam tomadas para que a investigação ocorra de maneira justa e que as autoridades atuem ativamente para apuração do ocorrido. Assim, aguardamos ações da Polícia Civil, Ministério Público e outras autoridades competentes.

Considerando que a paz, a harmonia e a democracia são princípios básicos por todos nós, demonstramos nossa solidariedade com a criança e sua família para que saibam que seguiremos juntos em prol de um único Brasil”.

Nas redes sociais, o deputado federal André Janones (Avante) repudiou a atitude do PM reformado. “O Bolsonarismo vive, e se as forças democráticas não compreenderem esse fenômeno e voltar a campo somente daqui quatro anos para um novo enfrentamento, amarguraremos uma derrota histórica, e com danos irreparáveis para a nossa democracia. Combater a extrema direita deve ser obrigação diária para todos nós, assim como escovar os dentes e tomar banho”, afirmou e finalizou: “Ou a gente faz isso, ou corremos o risco de não nos chocarmos diante de crianças sendo estranguladas por não serem “patriotas”. Situações como essa não podem nem chocar e nem serem combatidas apenas em período eleitoral. A luta contra o fascismo, deve ser constante: orai e vigiai. Nesse caso, a vigia vale mais que a oração”.

O policial reformado e advogado Marcelo Rodrigues Galvão ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.

Fonte: Sintram

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