Padrasto é indiciado por morte de criança de 2 anos
O crime ocorreu em março de 2020, sendo o suspeito preso por militares em Contagem.
Um homem, de 27 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pela morte de uma criança, de 2 anos, ocorrida em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme apurado pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios em Vespasiano, o suspeito era companheiro da mãe da criança e costumava cuidar da vítima e da irmã dela, que tinha 4 anos à época dos fatos. O homem ficava com as crianças no período da noite, enquanto a mãe saía para trabalhar em uma lanchonete, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte.
Na data dos fatos, o casal saiu de casa com as crianças, ocasião em que teriam ido à região do bairro São Benedito, em Santa Luzia. No local, o suspeito adquiriu droga para consumo, e a mulher seguiu para o trabalho, deixando os filhos aos cuidados do suspeito.
Ao retornar para casa, no dia seguinte, a mulher encontrou o filho reclamando de dor na região da barriga e vomitando, momento em que questionou o suspeito se havia ocorrido algo. O homem afirmou que estava no interior do ônibus, no bairro São Benedito, quando o veículo freou bruscamente, projetando a criança, que estaria em seu colo, contra uma barra metálica.
Diante da versão apresentada pelo suspeito, a mãe levou a criança até uma unidade de pronto atendimento em Vespasiano, mas devido à gravidade dos ferimentos, o menino foi encaminhado a um hospital em Belo Horizonte. A vítima passou por cirurgias e permaneceu internada por alguns dias, morrendo no dia 28 de março de 2020.
Naquele hospital, foi identificado pelos médicos uma lesão grave no intestino da criança, quando, então, o suspeito apresentou outra versão para os fatos. Ele disse que o menino tinha caído de uma mureta que havia no interior da casa, com altura aproximada de um metro.
Investigação criminal
No decorrer das investigações, a PCMG realizou a reprodução simulada dos fatos, com base nas versões apresentadas pelo suspeito. Diante desse trabalho, bem como dos levantamentos investigativos complementares, foram encontradas contradições nos relatos do suspeito, ambos incompatíveis com a gravidade dos fatos.
De acordo com o laudo da medicina legal, as lesões encontradas no menino eram graves e, para serem provocadas, precisariam necessariamente de um trauma diretamente sobre o abdômen. Ainda segundo relatório, as características da lesão que levaram o paciente à morte indicam um trauma causado por instrumento contundente, de energia expressiva, isolado em abdômen.
Prisão
Diante do apurado, a PCMG representou à Justiça pela prisão preventiva do suspeito, sendo expedida a ordem no dia 23 de maio. Quatro dias depois (27/5), o suspeito compareceu a uma unidade da Polícia Militar, na região do bairro Nacional, em Contagem, a fim de obter informações. Ao verificarem a identidade do homem, os militares efetuaram a prisão.
O procedimento foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.
Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais.
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