Divinópolis

Pesquisa analisa o custo da Cesta Básica em Divinópolis

O Boletim Econômico elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais (NEPES) do Centro Universitário UNA – Unidade Divinópolis, tem como objetivo fazer levantamentos contínuos e
fornecer informações sobre o comportamento dos preços de um conjunto de alimentos considerados essenciais. A pesquisa do custo da cesta básica em Divinópolis é realizada conforme metodologia
adotada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).


A pesquisa constante desta edição foi realizada entre os dias 21 e 27 de setembro/2022 com o levantamento de preços em 05 supermercados do município de Divinópolis, os quais possuem em sua
estrutura açougue, padaria e hortifrúti. Esta cesta, chamada Cesta Básica de Alimentos, composta por 13 produtos alimentícios, seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade
adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários a manutenção da saúde.


PARECER


Em setembro de 2022, o custo médio da cesta básica de alimentos em Divinópolis foi de R$ 574,90 (quinhentos e setenta e quatro reais e noventa centavos. O que representa uma elevação de 2,6% em relação a agosto, quando o custo da cesta foi de R$ 560,32 (quinhentos e sessenta reais e trinta e dois centavos).


Em comparação com setembro de 2021, a cesta básica apresentou elevação de 20,06%. Na variação acumulada do ano, ou seja, entre janeiro a setembro, a cesta básica de alimentos apresentou aumento
de 7,26%.


Para o trabalhador remunerado pelo piso nacional, R$ 1.212,00, o custo da cesta básica em setembro foi equivalente a 47,4% do salário mínimo bruto. Em setembro de 2021, quando o salário mínimo era de
R$ 1.100,00, o percentual ficou em 43,5%. Considerando o salário mínimo líquido, em setembro de 2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer 51,3% da
remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é o suficiente para alimentar um adulto durante um mês.

No caso da carne bovina, que representa o maior peso (40,9%) na composição da cesta básica de alimentos, foram pesquisados os cortes: chã de dentro e chã de fora. No mês de setembro foi observado
uma elevação de 1,22% em relação a agosto no preço médio do quilo da carne bovina de primeira. Em 12 meses, ou seja, de outubro de 2021 a setembro de 2022, o quilo da carne bovina de primeira
apresentou alta de 17,2%. Em agosto a exportação de carne teve bom desempenho, em especial para a China. (Dieese, 2022).


Em setembro, além da carne bovina que registrou aumento, houve alta expressiva no preço da batata (83,65%) devido a diminuição da oferta em função das chuvas e a redução do ritmo da colheita em algumas regiões. Outras altas foram observadas no preço do pãofrancês (15,50%) e do tomate (14,23%).


Dos itens que apresentaram redução no mês de setembro, destaque para a banana (20,69%). Outros itens que registram queda foram o leite (13,16%) e a manteiga (5,63%). O elevado patamar de preço do
leite resultou em retração do consumo. Por outro lado, o menor volume de venda, o crescimento dos estoques e o aumento das importações de laticínios culminaram em queda no varejo. (Dieese, 2022).


De acordo com o levantamento realizado em Divinópolis no mês de setembro/2022, estima-se que o Salário Mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.829,78 ou 3,98 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Em setembro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 4.022,74 ou 3,65 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00. Conforme metodologia adotada pelo Dieese, o cálculo é
feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, composta por dois adultos e duas crianças, que por hipótese, consomem como um adulto (DIEESE, 2022).


Pode-se inferir que este seria o orçamento total capaz de suprir as despesas com alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, saúde e lazer de um trabalhador e de sua família.


Com base no valor médio da cesta básica em setembro/2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta foi de 104 horas e 21 minutos, maior do que o registrado em agosto, de 101 horas e 42 minutos. Em setembro de 2021, a jornada necessária ficou em 95
horas e 46 minutos.

Em setembro/2022 observou-se uma variação de 13,09% no custo da cesta básica entre as duas cidades com um impacto maior no orçamento do trabalhador residente na capital mineira.


A nível nacional, em setembro, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 12 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Fonte: Faculdade Una

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