Projeto Meio Ambiente Acolhe distribui kits de higiene a pessoas em situação de rua de BH

Dando continuidade à fase I do Projeto Meio Ambiente Acolhe, Cuidar é a nossa natureza – que tem o objetivo de diminuir os impactos causados pela pandemia e pelas mudanças climáticas à população em situação de rua – foram distribuídos ontem à noite, 17 de agosto, em Belo Horizonte, kits de higiene a homens e mulheres que vivem esse drama. O kit de higiene contem sabonete, xampu, papel higiênico e roupas íntimas. Há quase um mês, em 20 de julho, foram entregues mil kits de inverno, com cobertores e agasalhos, para proteger a população vulnerável do frio. 

A entrega dos produtos foi feita por representantes da Pastoral Nacional do Povo da Rua, de voluntários da Rede Novo Olhar Rua, e da equipe do Semente, que monitora o projeto. Durante a distribuição dos kits, na fase I do projeto, é feito mapeamento das necessidades e dos locais onde vivem as pessoas em situação de rua da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de modo a subsidiar as etapas seguintes do projeto. Ontem, a distribuição ocorreu no bairro Lagoinha, ao lado da passarela, na rua Tamoios, na esquina com a via expressa e nas praças da Rodoviária e da Estação.  

Na fase II, o MPMG apoiará a realização de ações de moradia temporária para 100 famílias em situação de rua. Já a fase III contempla a construção do espaço Irmã Fortunata, que é a continuação e a ampliação do Canto da Rua Emergencial realizado pela Pastoral durante a pandemia da Covid-19. O espaço Irmã Fortunata será construído em um terreno doado à pastoral no bairro Santa Inês, região leste de BH e contará com unidades habitacionais, programas de geração de renda, documentação e memória e cultura, esporte e lazer, além de dar continuidade às ações do Canto da Rua Emergencial. 

“O projeto meio ambiente acolhe transforma medidas compensatórias em resgate da dignidade de pessoas invisíveis. Com as próximas fases Conseguiremos minimizar os impactos climáticos juntos à população mais vulnerável”, afirmou o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto.  

Meio Ambiente Acolhe 

A inciativa do MPMG e da Pastoral do Povo de Rua contribui de forma ativa com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cujas metas devem ser alcançadas até 2030. O projeto se insere no conjunto de iniciativas do MPMG destinadas a garantir a dignidade da pessoa humana e a efetivação dos direitos difusos e coletivos. Por meio de alinhamento com ODS, as ações propostas visam a garantir que a população em situação de rua tenha condições de vida satisfatórias, levando o progresso ocorrido nas últimas décadas a todos os setores sociais. 

Inicialmente serão distribuídos 2 mil kits com itens básicos de sobrevivência, incluindo barracas, roupas de frio, água e produtos de higiene pessoal para as pessoas em situação de rua em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Santa Luzia (Região Metropolitana de BH) e Passos, no Sul de Minas.  

Paralelamente, o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMAIS) organizará uma corrida beneficente. As inscrições serão feitas por meio da doação de agasalhos e o objetivo será garantir visibilidade às dificuldades enfrentadas pela população em situação de rua. 

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 

No caso específico do Projeto Meio Ambiente Acolhe, são abordados os dois primeiros ODS: erradicação da pobreza e fome zero. Até 2030 a meta é reduzir, pelo menos à metade, a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, de acordo com as definições nacionais. 

Além disso, o projeto buscará efetivar a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade dessa parcela da população a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais. 

Por fim, uma das principais metas será acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e as pessoas em situações vulneráveis, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano. 

Apoio e parcerias 

A iniciativa é do MPMG, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), da Coordenaria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário (CAO-DH). 

O projeto conta ainda com as parcerias do Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMAIS) e da Associação Mineira do Ministério Público (AMMP).

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais

Receba as reportagens do Portal G37 em primeira mão através do nosso grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/BkejgH7eyb568gp8m9fnlW