Saúde

Obesidade infantil: consumo de alimentos ultra processados compromete a saúde de crianças e adolescentes

No Brasil, 80% das crianças de até 5 anos têm alimentos como biscoitos e refrigerantes incluídos nas refeições.

Em uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) estima-se que, em 2025, o número de crianças obesas no mundo chegue a 75 milhões. Diante de uma realidade tão complexa, este mês é direcionado a conscientização e prevenção à Obesidade Infantil, uma condição que tem crescido, nos últimos anos, de maneira alarmante na população infantil. 

A correria do dia a dia favorece uma alimentação de baixa qualidade com o consumo de alimentos pré-prontos ou ultraprocessados. De acordo com a especialista em obesidade infantil e professora do curso de Nutrição da Faculdade Pitágoras, Priscila Bernardes, uma dieta a base de salgadinhos, molhos prontos, macarrão instantâneo, embutidos e refrigerantes, apresenta risco elevado à saúde, sendo, o principal passo para a obesidade. 

Se nada for feito, a possibilidade de reverter essa situação no Brasil cai para 2% e até 2030, o país ocupará a 5ª posição do ranking com mais crianças e adolescentes com obesidade, diz o Atlas Mundial da Obesidade. 

“Essa condição evidencia o desenvolvimento de doenças como diabetes, AVC, hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares, dificuldades respiratórias e efeitos psicológicos, como baixa autoestima, transtornos alimentares, entre outras”, comenta a especialista. 

Mudando o hábito 

Trabalhar hábitos saudáveis dentro de casa não é tão simples, requer persistência e desistir no primeiro ‘não quero’ ou ‘não gosto’ está fora de cogitação. O primeiro passo é substituir os ultraprocessados, que contêm na formulação cinco ou mais ingredientes predominantemente artificiais. 

Em seguida, aumentar o consumo de alimentos in natura que sejam ricos em nutrientes e proteínas como carnes frescas, ovos, frutas, legumes, verduras, também é válido aqueles minimamente processados no qual sofreram pequenos processos de limpeza, secagem e embalagem. “Enquanto estiver em casa aproveite o tempo para preparar as refeições e envolva a criança nessa tarefa, além de levar ela para a feira ou mercado para escolher os alimentos pode criar familiaridade e curiosidade”, aconselha Bernardes. 

Segundo a OMS, é recomendado que adolescentes cumpram 60 minutos de atividade física diariamente, porém mais de 80% não cumprem esse objetivo. “Construir uma rotina menos distrativa e que fuja do sedentarismo como estabelecer limite para o tempo de tela, pelo menos 2 horas por dia, para televisão, celular, tablet e videogame e evitar assistir enquanto se alimenta, são opções. Exercícios e atividades variadas dentro e fora de casa como jogar bola, andar de bicicleta, pular corda, também são alternativas”, completa a professora da Pitágoras.

É importante que os responsáveis busquem por um especialista, pois o tratamento de obesidade demanda tempo e é individualizado. “O papel do nutricionista é fundamental no combate à obesidade infantil desde o diagnóstico do grau de obesidade até a proposta de reeducação alimentar. Esse tipo de trabalho não está resumido em elaborar um plano para controle do peso, para melhorar a qualidade de vida do paciente deve-se executar estratégias que respeitem as limitações e o psicológico da criança”, finaliza Bernardes.

Fonte: Faculdade Pitágoras

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