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OS 5 “PRA QUÊS”

Marcos Fábio G. Ferreira

Hoje vamos falar de um assunto muito importante para qualquer pessoa: o sentido de nossa breve passagem por aqui.

Quando participamos de cursos ligados à área comportamental, é muito comum ouvirmos perguntas do tipo: Você se conhece? Qual a sua missão ou o seu propósito? Em outra esfera, no mundo do trabalho, perguntas parecidas nos incomodam: Por que você faz o que faz? Qual o resultado do seu trabalho?

No mundo da estratégia, onde trabalhamos com uma metodologia que envolve passos, temos:

  1. Análise de mercado: oportunidades e ameaças
  2. Análises internas: forças e fraquezas
  3. Estabelecimento de objetivos
  4. Construção de um plano de ação que nos leve ao (s) nosso (s) objetivo (s)
  5. Estabelecimento de indicadores que vão nos mostrar se estamos indo ou não em direção aos nossos objetivos

O nosso tema hoje, mora exatamente no casamento dos itens “c” e “d”.

Vamos imaginar que o RH de uma empresa está executando uma ação de treinamento junto aos seus funcionários. Se você o abordar e perguntar a ele assim: fulano, pra que você está fazendo esse treinamento? Qual seria a resposta dessa pessoa?

Para qualificar as pessoas! Talvez seja essa a resposta. Entretanto, será que é para isso mesmo? Será que é esse o objetivo final? É a partir daí que nasce a técnica dos 5 “pra quês” ou dos 5 “por quês”. Vamos a eles:

PERGUNTARESPOSTA
fulano, pra quê você está fazendo esse treinamento?Para qualificar as pessoas!
Pra quê qualificá-las?Para deixá-las mais preparadas!
Pra quê deixá-las mais preparadas?Para elas desempenharem melhor a sua função!
Pra quê você quer que elas desempenhem melhor a sua função?Para elas serem mais eficientes!
Pra que você quer as pessoas mais eficientes?Sendo elas mais eficientes, farão o trabalho com melhor tempo e custo, melhorando a margem de lucro da empresa.

Vixi! Perceba que o real motivo do treinamento saiu lá no 5º Pra Quê. Advinha por que isso acontece? Não fomos treinados a olhar para o real sentido do que fazemos! Ficamos olhando muito mais para o “meio” (respostas de 1 a 4) que para o fim, e, por causa disso, perdemos a consciência da importância da ação que estamos empreendendo.

Olha que legal que seria se a seguinte situação acontecesse: fulano, pra quê você está fazendo esse treinamento? Para melhorar a margem de lucro da empresa! Certamente, no dia que isso acontecer, teremos realmente gerentes donos de suas áreas e não tomadores de conta. Entenderam? Se sim, então, você que está lendo esse artigo, repita esse mesmo exercício, imaginando que uma pessoa lhe faça a seguinte pergunta: pra quê você trabalha? Se sua primeira resposta for: “para ganhar dinheiro”, faça a segunda pergunta; para que ganhar dinheiro? Talvez lá pelo 4º ou 5º “pra quê” você chegue na real resposta. 

Você pode usar essas perguntas para várias coisas da sua vida pessoal ou profissional. Descobrir o verdadeiro sentido das coisas poderá ser um divisor de águas na sua relação com o mundo que lhe cerca.

Bom fim de semana a todos!

#ESTRATEGIA#GESTAODEPESSOAS

*Marcos Fábio é consultor de empresas, empresário e conselheiro de administração com 21 anos de mercado. É colunista do portal G37 e escreve temas ligados ao mundo corporativo.

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