Frei Jacir de Freitas lança livro “Murais do Santuário” nesta terça-feira em Divinópolis
Trata-se de uma obra de arte que recorre ao modo medieval de catequizar.
Frei Jacir de Freitas lança, hoje, terça-feira, dia 23 de abril, às 19h30, no auditório do Centro Franciscano de Formação e Espiritualidade, situado à Rua Minas Gerais, 572, o livro “Murais do Santuário”.
A obra, a vigésima sexta do autor, faz parte das comemorações do Centenário dos Franciscanos em Divinópolis. Frei Jacir procurou interpretar o pensamento do frade holandês, Frei Humberto Randag, em murais na Paróquia Santo Antônio de Divinópolis (MG), obra que ficou marcada para sempre na história da cidade, desde a sua realização, em 1949, quando comemorava os 25anos de presença franciscana.
Trata-se de uma obra de arte que recorre ao modo medieval de catequizar. Frei Humberto Randag escolheu personagens bíblicos, do cristianismo das origens, da Idade Média e atuais para apresentar o mistério da Trindade, tendo como foco principal a crucifixão de Jesus.
Salta aos olhos e chega ao coração o simbolismo do número três em seus murais. Há um encontro de vidas que se entrelaçam nesse mistério para testemunhar a fé na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Interpretar não é coisa fácil. Uma vez perguntaram a Carlos Drummond de Andrade sobre o significado do que ele escreveu referente à pedra no caminho: “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio caminho!”. Ele respondeu que simplesmente encontrou uma pedra no caminho e nela tropicou.
Amparado no ditado popular “Se não me explicam, não entenderei”, tomei a liberdade de interpretar o pensamento do pintor franciscano. Caso eu não tenha sido fiel ao que ele quis nos dizer, peço desculpas ao meu confrade das terras holandesas, dos Países Baixos, que, com tanto ardor missionário, escreveu nossa história na arte, na cultura e na fé franciscana.
O leitor é convidado a fazer uma viagem pelo túnel do tempo de cada história contada na arte dos pincéis, nas mãos hábeis desse pintor que deixou escorrer, pelos dedos do tempo, a teologia, o franciscanismo e a Bíblia, numa sublime e eterna homilia catequética, nas terras do Divino e também franciscana para sempre.
