Polícia

Operação Lux Mundi prende quatro por estupro de vulnerável

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na sexta-feira (31/3), a operação Lux Mundi, tendo como resultado a prisão de quatro pessoas pelo crime de estupro de vulnerável. Três dos suspeitos foram presos nos bairros Aarão Reis, Vista Alegre e Taquaril, na capital, e o quarto, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foram cumpridos mandados de condenação expedidos a partir de investigações concluídas pela equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

Cada prisão refere-se a uma investigação distinta, e a operação é fruto dos trabalhos investigativos realizados pela Depca. “Foram seis mandados de prisão preventiva expedidos pelo Poder Judiciário, resultado de seis investigações complexas realizadas pela Depca; investigações robustas, que resultaram em denúncia, processo criminal e sentença penal condenatória com a expedição dos mandados de prisão”, destacou o delegado Eduardo Vieira, chefe da Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad). Ele também explicou o significado de “Lux Mundi”, nome dado à operação. “Em latim Lux Mundi significa luz do mundo, fazendo referência às nossas crianças”, apontou.

Entre os casos emblemáticos, a delegada Larissa Mayerhofer relatou dois em que ela presidiu os respectivos inquéritos. O primeiro refere-se a uma mãe, de 32 anos, presa no bairro Aarão Reis, em Belo Horizonte. “Ela teria sido alvo de duas denúncias: de que estaria cometendo abuso sexual contra a própria filha, fato que ensejou uma medida protetiva contra ela”, relatou. Segundo a denúncia, registrada pela avó da vítima em julho de 2020, além dos abusos, a mulher praticava sexo com a companheira na frente da filha, de 1 ano à época dos fatos.

Outra investigação se refere ao pai que estuprava a filha desde 2015 e que, graças à denúncia que ela mesmo fez, ao ir pessoalmente na delegacia, a apuração foi iniciada e a prisão do investigado ocorreu na sexta-feira (31/3), no bairro Vista Alegre, também em Belo Horizonte. “A adolescente, em 2021, compareceu à delegacia e informou tudo que lhe causava sofrimento; sem achar que alguém poderia ajudá-la, sem poder falar por temer o agressor, já que convivia com ele”, frisou a delegada. Hoje, a vítima tem 17 anos. Os abusos duraram cerca de seis anos. O homem, de 41 anos, que também ameaçava a filha, tem passagem por homicídio.

O delegado Evandro Radaelli, responsável pela investigação que culminou na prisão do homem de 57 anos, em Santa Luzia, relatou que “esse homem era vizinho da família, frequentava a casa e, em um descuido da mãe e avó da criança, em alguns poucos minutos com a vítima, brincando com ela, cometeu o crime”, detalhou. As investigações apontam que ele abusou sexualmente da criança. Em razão de lesões e dores, a vítima, que na época dos fatos tinha 5 anos, contou os fatos à mãe, quando então a Polícia Civil foi acionada. O fato ocorreu em outubro de 2018 na região do Barreiro. Ele tem passagens policiais por dois homicídios.

A chefe do Departamento Estadual de Orientação, Investigação e Proteção à Família (Defam), delegada-geral Carolina Bechelany, ressaltou a importância da conscientização acerca desses crimes. “Mais de 80% dos autores desse tipo de crime estão dentro do ciclo familiar ou de vizinhos daquelas crianças, o ciclo mais íntimo. Então é uma matéria que a gente pede atenção”, alertou. Ela ainda fez referência ao material disponibilizado pela PCMG, que aborda crimes sexuais contra crianças e adolescentes: cartilha para instruir pais e responsáveis, e vídeos voltados às crianças.

Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais

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