Polícia

PCMG descobre fraude em empresa de abastecimento de água

A investigação apontou também que os suspeitos agiam de forma coordenada, com tarefas bem definidas, desse modo, falsificavam dados nos sistemas e executavam serviços ilegais.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, nesta quinta-feira (1º/6), em Montes Claros, na região Norte do estado, a operação Waterfall, de combate a fraudes no sistema de abastecimento de água da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Durante a ação, 24 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e quatro funcionários da empresa afastados do cargo.

O delegado Alberto Tenório, responsável pela apuração, explica que os levantamentos começaram em agosto de 2022, quando a PCMG passou a investigar quatro funcionários da companhia e três funcionários de empresas terceirizadas que estariam envolvidos na fraude. A adulteração consistia no desvio de água e subtração – ou religação e ligação de água irregular – e ainda a ligação de água em imóveis onde não poderia haver esse tipo de ligação.

Conforme investigado, os envolvidos recebiam vantagens indevidas para executar inserções de dados falsos no sistema da Copasa e transferiram as ordens de serviços irregulares para a empresa terceirizada que realizava a ligação em imóveis em Montes Claros. “A fraude era iniciada pelos servidores da Copasa que inseriram ou modificaram cadastros verdadeiros que estavam no sistema, assim eles colocavam endereços que não poderiam receber as ligações de água. Depois, os funcionários da terceirizada, também de forma fraudulenta, efetuavam manobras e realizavam as ligações“, explicou Tenório.

A investigação apontou também que os suspeitos agiam de forma coordenada, com tarefas bem definidas, desse modo, falsificavam dados nos sistemas e executavam serviços ilegais. A hipótese investigada é que cerca de 65% das ligações eram ilegais. Ao todo, 107 ligações irregulares foram identificadas e 52 pessoas são investigadas.

O delegado revelou ainda que alguns dos imóveis averiguados apresentavam conta com consumo zerado há mais de dois anos. Em outros, foi constatado um consumo muito pequeno, ocasionando grande prejuízo financeiro para a empresa e um déficit para população que necessitava das ligações.

O diretor de Relacionamentos da Copasa, Cleison Jacomine Sousa, agradeceu o apoio da PCMG na investigação e pontuou que fraudes dessa natureza ocorrem em todo estado e outras ações para inibir os crimes serão realizadas. “O furto apurado pela Polícia Civil causou um prejuízo financeiro e um prejuízo do sistema como um todo para a Copasa” afirmou.

Ao final dos levantamentos investigativos, os suspeitos identificados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos no sistema público, corrupção ativa e passiva e furto.

As investigações continuam, e os materiais apreendidos durante a operação serão periciados.

Fonte: Polícia Cívil

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