Política

Com a Câmara de Divinópolis lotada, CPI da Educação impõe derrota ao prefeito e rejeita adiar apresentação do relatório

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada em abril pela Câmara Municipal de Divinópolis para investigar gastos na Secretaria Municipal de Educação (Semed) reuniu-se na manhã desta segunda-feira (22) para votar o pedido feito pelo prefeito Gleidson Azevedo (PSC) solicitando o adiamento da votação do relatório final da investigação. O pedido de adiamento foi arquitetado pelo Executivo, com o apoio de um grupo de vereadores que formam a base do prefeito na Câmara, entre eles Anderson Azevedo (PSC), o líder Edsom Sousa (CDN) e até do presidente da Casa, Eduardo Print Júnior (PSDB). O prefeito e o grupo de vereadores queriam que o relatório fosse votado somente após as eleições de outubro.

A reunião da manhã desta segunda-feira foi realizada no plenarinho e transmitida para o plenário que estava completamente lotado. Os vereadores levaram apenas 10m26s para chegar a uma decisão. Os vereadores Josafá Anderson, Lohanna França, Ana Paula do Quintino e Ademir Silva votaram contra o adiamento. Já voto vencido e para agradar ao Executivo, o quinto integrante da CPI, Rodrigo Kaboja (PSD), optou pela abstenção. Por quatro votos e uma abstenção, a CPI impôs uma derrota ao prefeito Gleidson Azevedo e manteve a leitura do relatório para a próxima quarta-feira (24) em sessão marcada para as 8h.

DENÚNCIAS

A CPI foi instaurada em abril após denúncias feitas no plenário pelo vereador Ademir Silva (MDB). Após analisar a compra de equipamentos e material didático feita pela Prefeitura e fazer pesquisa de preços, o vereador identificou custos mais altos que o normal dos notebooks adquiridos na área da Educação. Também foram constatados preços muito acima do mercado para a aquisição de brinquedos e material didático.

De acordo com o vereador, a Prefeitura gastou em torno de R$ 30 milhões e boa parte foi utilizada para compra de móveis e brinquedos.  Uma das aquisições que mais chamou a atenção foi a compra de várias unidades do brinquedo play-ball, que a Prefeitura pagou R$ R$ 9,9 mil pela unidade. A CPI levantou que o mesmo brinquedo foi vendido a pouco mais de R$ 6 mil para outras prefeituras.

A reunião da CPI foi acompanhada pelo Diretor Financeiro do  Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Vantuil Alves, e pela presidente do Conselho Fiscal, Lucilândia Monteiro.

Fonte: Sintram Centro Oeste/MG

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