Saúde

Semusa oferece tratamento inédito através de equoterapia pelo SUS em Divinópolis

A Prefeitura de Divinópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), destaca o resultado do tratamento recém implantado no município de equoterapia, que é oferecido para pacientes com comprometimento físico e intelectual.

Foi realizada uma primeira visita de acompanhamento do contrato, que constatou a eficiência do tratamento e equipe contratada, visualizando, em cinco meses de trabalho, uma melhora significativa na saúde e desenvolvimento dos pacientes atendidos.

A equoterapia é oferecida pela Semusa através da Diretoria de Regulação em Saúde. Esse tipo de tratamento foi instituído por licitação na prestação de serviço. Os atendimentos começaram em janeiro deste ano e até o momento, só trouxe benefícios para os atendidos. Conta com sua capacidade total de 40 pacientes já preenchida.

A coordenadora da Equoterapia em Divinópolis é Ana Elisa Silva Santos, fisioterapeuta e especialista em equoterapia que realiza o trabalho no Haras R5. A seleção dos participantes que foram beneficiados com a equoterapia foi realizada a partir de uma fila por encaminhamento de unidades de saúde à Junta Reguladora de Pessoas com Deficiência.

O que é a Equoterapia

De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia, o atendimento é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. Essa atividade busca o desenvolvimento físico, psicológico e social de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais.

A equoterapia é um tratamento que utiliza os recursos terapêuticos que o cavalo oferece, principalmente o movimento tridimensional, ou seja, os movimentos que o animal realiza de um lado para o outro, para frente e para trás e de cima para baixo.

As estratégias do atendimento são traçadas de acordo com o perfil e necessidades de cada paciente. De acordo com Ana Elisa, a equoterapia é iniciada com a fase de descoberta e aproximação da criança com o animal. “Isso é importante para ela entender que o cavalo é um espelho do que ela vai começar a fazer. Logo após vamos para a fase da montaria, que, além do benefício do movimento tridimensional, o cavalo traz ganhos afetivos e emocionais para esse paciente”, destacou.

Outros pontos que são trabalhados na equoterapia são: coordenação motora fina e grossa, alcance, equilíbrio, força muscular, marcha, autonomia e independência, ocasionando melhora nas atividades de vida diária do paciente.

O público-alvo da atividade são crianças a partir dos 2 anos de idade, que tenham relatório médico de autorização para participar desse atendimento. Mas não são apenas crianças que podem receber esse tratamento, sendo acessível a qualquer pessoa a qual seja indicado. A equoterapia é recomendada para todas as crianças especiais, pessoas com diagnóstico de autismo, paralisia cerebral, síndromes diversas, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtorno de ansiedade, dificuldade de aprendizagem, entre outras.

A equipe que presta esse serviço em Divinópolis, conta com fisioterapeutas, equitadores, psicólogas, pedagoga e fonoaudióloga. O relacionamento entre o atendido e a equipe é construído aos poucos, durante o atendimento.

Ana Elisa ressalta que o vínculo é sempre direto e construtivo. “Começa inicialmente com a psicóloga fazendo um trabalho de aproximação, sem gerar traumas. Depois, isso vai construindo aos poucos a relação entre o cavalo e a criança, entre a equipe e a criança. Mesmo as crianças que não entendem, que não tem a verbalização, colocamos ela inteirada de seu processo terapêutico. Mesmo que ela não nos dê nenhum tipo de resposta, tudo o que está acontecendo ao redor dela é falado”, explicou.

Resultados na prática

A prefeitura procurou algumas mães, cujos filhos têm o benefício desse atendimento. Os comentários foram extremamente positivos e todos tem um ponto em comum: a equoterapia mudou a vida das crianças.

Bruna Faria é mãe do Davi Faria, de 5 anos. Ela relata que a equoterapia encheu o futuro deles de esperança. “O Davi, quando menor, ficava em estado vegetativo, não tinha firmeza no corpo e precisava de diversos atendimentos fisioterapêuticos. Com a equoterapia, meu filho começou a engatinhar, a falar, em pouco tempo ele teve muitas melhoras, principalmente na parte motora. Hoje ele já faz as coisas do jeitinho dele e isso é um grande avanço para nós”, relatou.

Segundo Nathalia Gomes, seu filho Raul, de 2 anos e 9 meses, teve muitos ganhos depois de iniciar a terapia. “O Raul nasceu com microcefalia. Hoje, com a equoterapia ele já melhorou a postura, vem ganhando fortalecimento muscular, equilíbrio, entre tantos outros benefícios. Só temos que agradecer a toda a equipe que trabalha com meu filho. Ele hoje é apaixonado com o cavalo do atendimento”, contou.  

Aline Fernandes de Oliveira conta que seu filho, Henzo, de 3 anos e 9 meses, agora é outra criança com o acompanhamento. “O Henzo é deficiente visual e está com suspeita de autismo. Ele era uma criança nervosa, não tinha muito equilíbrio, só andava com a cabeça baixa, e tem uma sensibilidade muito grande ao tocar em qualquer coisa. Agora ele já anda com a cabeça mais firme e reta, está conseguindo segurar e sentir os objetos, está ouvindo e prestando mais atenção no que falamos com ele”, disse.

Para Eliane Paula, as mudanças e avanços foram percebidos desde a terceira sessão da qual seu filho, Davi Lucas, de 9 anos, participou. “O Davi tem o diagnóstico de Autismo e TDAH, por isso ele tem dificuldade de concentração e é muito inquieto. Em pouco tempo de atendimento na equoterapia, já percebemos ele mais tranquilo e também uma melhora no comportamento dele. A terapia tem feito muito bem para o meu filho”, declarou.

De acordo com Erika Milagres, a equoterapia vem trazendo avanços no tratamento e qualidade de vida de seu filho, Davi Milagres, de 4 anos. “O Davi é portador de paralisia cerebral e hidrocefalia. Ele está com 4 anos e ainda não consegue andar, sentar sozinho. No entanto, o tratamento é de fundamental valor para que meu filho tenha um melhor equilíbrio, sustentação de tronco e pescoço, o que antes era muito difícil”, destacou.

Regina Santos, mãe do Pietro de 4 anos, relata que o filho já evoluiu bastante depois de começar o tratamento na equoterapia, principalmente no que diz respeito à força e equilíbrio. “O atendimento está sendo bom para ele. Hoje ele já consegue ficar sentado, o pescoço dele fica mais firme, consegue se equilibrar melhor. Antes ele era muito acanhado e chorava muito, a equoterapia também ajudou para que ele ficasse mais tranquilo”, comentou.

Fonte: Prefeitura de Divinópolis

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