Minas Gerais

Campanha “Bares da Copa” promove cooperação entre pequenos negócios de Formiga

Além da Copa do Mundo, a Black Friday é outra data que vem mobilizando o comércio no estado.

Em Formiga, no Centro-Oeste do estado, a Copa do Mundo motivou a cooperação entre empreendedores do município. Donos de bares, comércio tradicional para os amantes do futebol, se uniram para fomentar seus negócios a partir da campanha coletiva: “Bares da Copa 2022 – torcedor brasileiro”.


Os estabelecimentos participantes investiram na decoração temática, em divulgação nos principais meios de comunicação e, claro, em pratos especiais que serão servidos durante os jogos.

A experiência dos torcedores nos bares que integram a campanha ainda terá outra novidade. “O cliente que for para assistir aos jogos será surpreendido com vários sorteios, prêmios e brindes que estão sendo preparados por nossos patrocinadores”, revela o consultor do projeto Empreender Gabriel Lima Arantes.

Cinco bares e uma cervejaria local participam da ação, sendo: Puro Malte Pub; Shoulder Stake House; Chapada’s Beer; Conteiner Beer; Staff Beer Biergarten; e Churrascaria 100%. A partir desta segunda-feira (21/11), o público poderá acompanhar no perfil oficial do evento no Instagram (@baresdacopa) as publicações de todos esses empreendimentos.

A campanha “Bares da Copa” foi idealizada pelo consultor Gabriel Arantes e pelo trade marketing da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios de Formiga e Câmara dos Dirigentes Lojistas (Acif/CDL), Matheus Neves, para movimentar o comércio durante a temporada esportiva. Essa demanda partiu dos empresários formiguenses membros do Projeto Empreender, iniciativa do Sebrae Minas e da Acif/CDL.

Com uma trilha de capacitações, desde julho de 2022, “a ação vem promovendo workshops e reuniões mensais para discutir sobre o mercado com empreendedores de diversos segmentos, em busca de soluções e ações conjuntas”, explica a analista do Sebrae Minas Ana Caroline Pessoni.

Mobilização dos comércios no estado


Neste mês de novembro, o comércio varejista deve ter as vendas aquecidas não apenas pela Copa do Mundo do Catar, mas também pela Black Friday. Essa é uma oportunidade para os empresários gerarem caixa, apostarem em novos produtos e investirem em infraestrutura ou mão-de-obra já pensando em dezembro, período tradicionalmente mais forte para o comércio.

No comparativo com o ano passado, o cenário está mais positivo para aqueles que se dedicam à atividade comercial. A última edição da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 51% dos pequenos negócios de Minas Gerais fizeram investimentos nos últimos três meses. Para 49% dos entrevistados, ainda há um momento de incerteza quanto ao futuro e, por isso, eles preferem esperar um pouco mais. Foram ouvidas 330 pessoas entre 26 de agosto e 11 de setembro.

Aumentar a receita durante a Copa do Mundo, que pela primeira vez vai ocorrer entre novembro e dezembro, é um desafio para quem está no comércio varejista. Segundo a pesquisa, somente 35% dos empreendedores vão aproveitar o calendário de jogos durante os 29 dias de evento para incremento na arrecadação. Para 21% dos entrevistados, o faturamento com vendas poderá aumentar durante o evento. Outros 40% responderam que o torneio não vai aumentar e nem diminuir as vendas, enquanto 13% garantem que haverá perda de receita, e 21% não souberam responder.

“A Copa do Mundo não é um período tão comercial. Os empresários costumam vender itens decorativos, vuvuzelas e televisões, mas não vai muito além disso. O empresário precisa ser estratégico, apostando em vendas maiores e preços mais acessíveis para obter números mais positivos”, afirma o analista do Sebrae Minas Victor Mota.

Já integrada ao calendário brasileiro, a Black Friday será oportuna para que o comércio varejista possa ampliar a quantidade de produtos vendidos e alavancar a recuperação: “O consumidor espera a chance de melhores compras com produtos mais baratos. Por isso, não é hora de colocar um preço mais caro e ter margem maior. O ideal é ter margem pequena e vender bastante. É o momento para liquidar produtos antigos e estocados por muito tempo. Assim, o empresário recupera o dinheiro para investir em outra coisa”, ressalta o analista.

Já o Natal é visto como um período no qual os empreendedores podem aumentar seu lucro praticando preços mais elevados. “É o momento em que a economia está aquecida, as pessoas receberam o décimo-terceiro salário, e há mais dinheiro circulando. Logo, o empresário pode vender com margem de lucro e volume consideráveis”, diz o analista.

Marketing digital

A Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios também indicou que os canais digitais ganharam mais adeptos, já que 73% dos empresários mineiros passaram a vender por redes sociais, aplicativos ou internet. Apenas 27% responderam que o meio não é atrativo para vendas.

Segundo Victor Mota, uma forma eficaz de aumentar o volume de vendas é a aposta no marketing digital, considerado mais viável e com investimento menor. “É um canal para publicidade direcionada. Se você anuncia em um outdoor, muitos vão ver aquilo como um produto que não tem a ver com eles. Enquanto isso, nas mídias sociais, você consegue atingir realmente quem tem interesse no seu produto ou serviço”, explica.

O levantamento mostrou também que 44% dos empreendedores sinalizaram aumento de faturamento em relação a agosto de 2021, índice que reflete a retomada gradual da economia, que passou por uma recessão em 2020 e 2021.

Dívidas sob controle

Com o cenário mais positivo, a perspectiva é de novo fôlego para o comércio varejista, sobretudo, pela redução progressiva das dívidas. O levantamento do Sebrae e do IBGE apontou que 42% dos empresários mineiros não têm endividamentos. Para 37%, as dívidas fazem parte do dia a dia da empresa, mas os pagamentos estão em dia, enquanto 21% estão com dívidas e empréstimos em atraso.

De acordo com Victor Mota, a tendência é que as empresas mineiras sejam melhor estruturadas depois da retomada econômica. “Apesar das dificuldades, a crise traz aprendizado e uma das grandes lições que ficaram desse período é que os controles financeiros e as projeções são importantes, e o planejamento é fundamental. Muitos empresários tiveram que enxugar os gastos operacionais, e isso fez com que eles tivessem custos mais enxutos. Quando o movimento voltou, passaram a ter uma margem maior devido à redução dos custos”, destaca o analista.

Fonte: Sebrae Minas

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