Minas Gerais

Operação Catarse IV apura crimes de peculato e lavagem de dinheiro na Zona da Mata

Segundo apurado, os delitos eram praticados no contexto de um complexo esquema criminoso levado a efeito por vereadores e empresários, que utilizavam notas frias para legitimar o pagamento ilícito de verbas de gabinete.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé, e com as Polícias Civil e Militar, deflagrou na manhã de hoje, 31 de agosto, a operação Catarse IV, destinada a apurar crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Segundo apurado, os delitos eram praticados no contexto de um complexo esquema criminoso levado a efeito por vereadores e empresários, consistente na emissão de notas fiscais “frias” emitidas com o único fim de legitimar o pagamento ilícito de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, inclusive no cenário de empresas, imóveis e veículos registrados em nome de terceiros (“laranjas”).  

Na ação de hoje foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dez de busca e apreensão em Muriaé, Divino, Eugenópolis e Ubá, além do bloqueio de imóveis e veículos. Nesta fase da operação, já são 16 pessoas denunciadas e 696 crimes apurados. Dois dos alvos exerceram a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sendo um deles vereador afastado do cargo e outro ex-vereador e policial militar da reserva, este último preso durante a ação de hoje. Também foram cumpridos quatro mandados cautelares, que têm como objetivo proibir os alvos da operação de contratar com o poder público e fazer contato com testemunhas.

A operação contou com a participação de promotores de Justiça, servidores do MPMG, policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Delegacia Regional de Muriaé, todos da PCMG, e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCOC) da 4ª Região da Polícia Militar.

Segue balanço de bens indisponibilizados ou apreendidos:

1) um sítio situado no município de Muriaé;

2) uma casa de luxo situada no município de Muriaé;

3) um veículo caminhão;

4) R$ 310.550,96 em cheques apreendidos;

5) R$ 77.228,30 em dinheiro apreendido;

6) R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente;

7) um caminhão Mercedes Benz modelo LK 1620;

8) uma caminhonete Fiat modelo Strada Freedom 13CS;

9) uma caminhonete Fiat modelo Toro Freedom;

10) VW Neobus Mega;

11) VW 24.250 CNC 6X2;

12) Reb/Tupy RA 84;

13) VW/Fusca 1300

14) VW Polo 1.6

15) I/VW Spacefox

16) Moto Honda /CG 125 FAN

17) VW/Gol Special

18) VW/Gol 1.0 Ecomotion GIV

19) VW/Voyage

20) R/Divino Santafé EF 115

21) Reb Colina CB-1

Operação Catarse

Num balanço geral da operação Catarse, já foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, dois afastamentos dos cargos públicos, bem como a constrição e o bloqueio de bens e valores dos investigados, assim como pedido indenizatório de mais de um milhão de reais, a título de dano moral coletivo.

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais

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