Divinópolis

Público se emociona durante o “Concertos no Parque” da ópera Aleijadinho, no Dia das Mães

A celebração do Dia das Mães foi marcada por música e história do Brasil. Na manhã deste domingo (08/05), o público se emocionou com a volta da tradicional série “Concertos no Parque”, da Fundação Clóvis Salgado, que não era apresentada desde o final de 2019 em função da pandemia.

Acomodados nos assentos e gramados do Parque Municipal de Belo Horizonte, mães, pais, filhos, avós e amantes da arte assistiram trechos da aclamada ópera Aleijadinho, que teve sua estreia mundial no dia 29 de abril, em Ouro Preto, reunindo 3 mil pessoas em frente à Igreja de São Francisco de Assis, no Largo de Coimbra. Composto com música de Ernani Aguiar e libreto de André Cardoso, o espetáculo operístico narra a história do maior artista do barroco mineiro.

Durante o evento de homenagem às mães, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais, sob a regência de Silvio Viegas, se apresentaram ao lado dos solistas Johnny França (barítono) – Aleijadinho; Luanda Siqueira (soprano) – Joana; Mar Oliveira (tenor) – Manuel Francisco; Mauro Chantal (baixo) – Vicente Ferreira; Pedro Vianna (barítono) – Alvarenga Peixoto; Guilherme Moreira (tenor) – Tomás Antônio Gonzaga. Já o programa do espetáculo foi formado pela Introdução – Lundu; pelo Dueto Joana e Manuel Francisco; o Final Ato I – Hino à Bandeira; a Oração de Aleijadinho; o Final Ato II – Encomenda dos Profetas de Congonhas; a Ária Joana e o Final.

Além disso, o público escutou atentamente comentários do maestro Silvio Viegas que revelaram curiosidades a respeito da ópera Aleijadinho, que cumprirá temporada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte, nos dias 14, 16, 18 e 20 de maio, sempre às 20h.

“A música do Maestro Ernani Aguiar é moderna e histórica ao mesmo tempo. Tem todo o arroubo de suas composições, mas ao mesmo tempo faz referências à escrita daquela época, fazendo citações de dança, como o Lundu, da música Colonial Mineira de Lobo de Mesquita e da Seresta Mineira. Uma ópera que tem tudo, romance, drama, dor, alegrias, sofrimentos e que faz tudo isso tendo como personagem central nosso amado Aleijadinho”, explicou Silvio Viegas para o público do Concertos no Parque.

Transfiguração de símbolos e valores em arte nacional

Essa montagem de Aleijadinho é uma das atrações da rota Via Liberdade, nova rota turística e cultural conectando Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e a capital do país, Brasília, por meio de ações e programas estratégicos ao longo da BR-040. Também integra a programação do Ano da Mineiridade, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), projeto criado para celebrar os elementos que compõem a assinatura mineira, com suas tradições, costumes e histórias.

Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o Ano da Mineiridade é uma ação que celebra todas as características de Minas Gerais e a Via Liberdade vai unir mais de 300 cidades por meio de um percurso sete Patrimônios da Humanidade e 80 Patrimônios Memória do Mundo. “A ópera Aleijadinho vem ao encontro do nosso desejo de celebrar Minas Gerais. Ela condensa uma série de elementos que compõem a nossa rica diversidade artística e cultural. Por meio dessa montagem, vamos celebrar quem somos, celebrar nossas cidades, nossa arte e a nossa intensa e rica cultura, além de dar visibilidade à história desse grande artista negro, Antônio Francisco Lisboa, o maior representante do Barroco mineiro, reconhecido em todo o mundo, patrimônio da Humanidade UNESCO”, comemora Leônidas Oliveira. 

Para Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, com a montagem de Aleijadinho, a FCS reafirma o seu papel como uma grande formadora de público no campo operístico em Minas Gerais, difundindo programas e promovendo espetáculos. “Ao apresentar a vida e obra de Aleijadinho, o maior artista do Barroco Mineiro, aborda-se não somente a história de um dos maiores ícones da mineiridade, mas um movimento artístico que tomou o caminho da criatividade e da transfiguração de símbolos e valores para uma verdadeira arte nacional. É muito importante para a Fundação Clóvis Salgado realizar essa montagem a partir da história de Aleijadinho, difundindo a cultura mineira, fomentando a produção operística nacional, estimulando novas plateias e celebrando o Ano da Mineiridade, além de estar incluída como atração cultural de Minas Gerais para a Via Liberdade, relevante projeto criado pela Secult”, destaca Eliane Parreiras.

A ópera Aleijadinho tem regência de Silvio Viegas e direção cênica de Julianna Santos. A montagem, que é a nonagésima (90ª) produção operística da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), conta também com a participação da Cia. de Dança Palácio das Artes, que interpreta a coreografia pensada pela artista convidada Júnia Bertolino, fundadora da Cia Baobá Minas. Participam ainda da concepção do espetáculo Renato Theobaldo (cenário), Ney Bofante (iluminação) e Marcelo Marques (figurino).

Fonte: Secult-MG.

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