Divinópolis

Violência nas unidades de saúde amedronta servidores municipais de Divinópolis e Prefeitura pode apelar para segurança armada

Os inúmeros casos de violência que vêm sendo registrados no sistema público de saúde administrado pela Prefeitura de Divinópolis, deixaram os servidores de todas as unidades amedrontados e em permanente estado de alerta. Nos três últimos anos foram registradas invasões e depredações em unidades de saúde, além de agressões e ameaças a servidores. Os dois casos mais recentes ocorreram na Farmácia Municipal, no início desse mês, e na última quarta-feira (22), no Centro de Atenção Psicossocial (Caps III), no Serviço de Referência em Saúde Mental (Sersam). O Caps III trabalha com pessoas que sofrem de transtorno mental e necessitam estabilizar o estado psíquico.

FARMÁCIA

No dia 6 desse mês, a Polícia Militar foi chamada na Farmácia Municipal, onde três técnicos de enfermagem foram ameaçados de morte. Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo da Silva, compareceu ao local logo após o incidente e garantiu que medidas de segurança seriam tomadas. Informou que o homem responsável pela ameaça seria responsabilizado. Após o incidente, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) não divulgou nenhuma nova informação sobre o caso.

SERSAM

Na última quarta-feira (22), uma médica psiquiatra foi agredida por uma paciente no Sersam, ao ser comunicada de que ela receberia alta. A paciente não concordou com a avaliação da profissional e agrediu a médica com socos e chutes, chegando a jogá-la no chão.

Após a agressão, a Semusa se limitou a divulgar uma nota pouco esclarecedora  e sem anunciar nenhuma medida ou estudo para dar mais segurança aos servidores do sistema de saúde. Na nota, a Semusa se limita a relatar e repudiar o caso.

“A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), repudia o incidente ocorrido na tarde de ontem (22/2) no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III, Serviço de Referência em Saúde Mental (Sersam), onde uma servidora, médica psiquiatra, foi objeto de agressões verbais e físicas por parte de usuária do serviço”, diz a nota.

Segundo a nota, “a médica, em cumprimento das funções, comunicou a proposta de alta à paciente, já que o quadro psíquico desta era estável. No entanto, a usuária não aceitou a alta médica do serviço e agrediu a médica a socos e chutes, atirando-a ao solo e continuando com as agressões”.

Na nota, a Semusa admite o crescente aumento na violência.  “À medida que a saúde se judicializa, e a linha entre casos de segurança pública e aqueles de saúde se afina, situações em que agressividade e violência se confundem com sinais e sintomas de transtornos mentais têm-se tornado mais frequentes. A presença de diagnóstico psiquiátrico não absolve as pessoas da responsabilidade pelas consequências dos atos, que são proporcionais à crítica que a pessoa tem com relação à situação e às ações. O Caps III repudia o fato e solidariza-se com a profissional agredida. Os procedimentos adequados foram seguidos”, afirma a Semusa.

SEGURANÇA ARMADA

Logo após o incidente ocorrido na Farmácia Municipal no dia 6 desse mês, o secretário Alan Rodrigo afirmou que a Semusa está estudando a possibilidade de contratar segurança armada para as unidades de Saúde. Ele relatou que a assessora administrativa e de interface jurídica da pasta, Sheila Salvino, já está trabalhando em um orçamento para avaliar a possibilidade da contratação do serviço armado.

Fonte: Sintram

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