Minas Gerais

PCMG indicia professor universitário por crimes sexuais

O inquérito policial foi encaminhado ao fórum local e encontra-se à disposição da Justiça.

Nesta sexta-feira (24/3), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Montes Claros, na região Norte do estado, concluiu as investigações e enviou à Justiça o inquérito policial que apurou assédio sexual, ato libidinoso e outros crimes contra a dignidade sexual envolvendo um homem, de 46 anos, professor de uma universidade no município.

As apurações se iniciaram depois que a coordenadora do curso de História compareceu até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para apresentar um relatório elaborado por um acadêmico, no qual eram levantados possíveis crimes contra a liberdade sexual cometidos por um professor contra dez alunas e ex-alunas daquele curso. O servidor foi afastado por meio de portaria da própria instituição de ensino. A investigação policial apontou que o suspeito usava uma abordagem em que sugeria sessões de hipnose e massagem para as vítimas, para que elas conseguissem relaxar. Algumas delas relataram que foram amordaçadas, vendadas e amarradas por ele durante prática de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo). Elas relataram também que várias dessas sessões ocorreram dentro da própria universidade. Conforme apurado, a prática criminosa restou comprovada em cinco dos casos investigados. Segundo a delegada Karine Maia, as vítimas descrevem o suspeito como pessoa manipuladora e que fazia jogos de sedução. Aproveitando-se da condição de professor, intimidava e constrangia as vítimas, coagindo-as a ceder a favores sexuais. Algumas delas relataram terem sido filmadas e fotografadas por ele sem o devido consentimento. Ainda de acordo com a delegada, os relatos de cinco vítimas apresentam elementos probatórios suficientes, restando comprovadas a materialidade, as circunstâncias e a autoria do delito. “Ele [suspeito] foi indiciado cinco vezes por assédio sexual, duas vezes por fotografar ou registrar cenas de nudez, além de ato libidinoso”, explica a delegada.

Fonte: Polícia Cívil

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